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O Enxadrista - Capítulo 3

O Enxadrista
Escritor: Marcinho Santos

Capítulo 3: A visita na nova casa.

No capítulo anterior, Max vai morar com sua avó paterna e sua mãe da um surto na delegacia, com isso ela perde não só a guarda do garoto, mas também a aposentadoria do pai do garoto.
Após uma semana de sua vinda a casa de sua vó, Max finalmente recebe seus amigos na sua nova casa. Ellen e Rafa entram na casa e vão se sentado no sofá, Dona Vera já chega com uma bandeja de biscoitos e chá e a  coloca na mesinha na frente do sofá e Ellen envergonhada fala:
- Não precisa.
- Isso não é uma opção - diz Dona Vera voltando a cozinha.
- Então, o que estão achando da minha nova casa? - pergunta Max sentado no outro sofá.
- Legal, como toda casa de uma vó,  biscoitos a vontade e uma tv 24h - responde Rafa pegando o controle e trocando de canal.
- Opa, pera ai - diz John pegando o controle de Rafa - Daqui a pouco irá passar um documentário sobre MPB e eu não quero perder.
- Mas no somos a visitar, temos que ter alguma regalia - fala Rafa.
- Vovó eles tem alguma? - perguntar Max.
- Não, nenhuma - grita Dona Vera lá da cozinha.
John se senta e Ellen pergunta:
- Esse é o seu irmão?
- Sim, ele é um ano mais novo que eu e estuda aqui perto - responder Max.
- Prazer sou John, é um prazer conhece los - diz John se apresentando.
- Sou Ellen e o prazer é nosso - fuz Ellen.
- Diga por si só... - diz Rafa.
- Cadê a educação? - pergunta Ellen.
- Perdi na rua... - fala Rafa.
- Deixa de ser rabugento, vamos ver o documentário, sem reclamações e se alguém der um "piu" na hora que falarem da Elis Regina, irá tomar um cascudo, estamos entendido? - fala Max sério.
- Claro - diz os 3 ao mesmo tempo.
Então eles terminam de assistir o documentário e dá a hora da janta, então todos vão comer, Ellen vai indo para a mesa dizendo a Max:
- Você tinha razão, a Elis Regina canta muito e as músicas dela são linda, particularmente gostei de Romaria e Como nossos pais.
- Essas são as minhas favoritas também, meu pai ouvia ela direto e também Legião Urbana, por isso gosto muito deles - fala Max.
- Legal, Legião Urbana é uma banda de que gênero? - perguntar Ellen.
- Rock, muito bom por sinal, quando era criança não entendia as letras, mas hoje tem várias do Legião que entendo e me identifico muito, parece que esse era o dom das músicas deles, fazer músicas que irão lhe tocarem em cada fase da sua vida - responde Max.
- Nossa que profundo, vou procurar pela banda quando chegar em casa - diz Ellen.
- É melhor vocês virem ou a janta irá esfriar - fala a Dona Vera.
- Claro - respondeu os dois ao mesmo tempo.
Eles se sentam e jantam normalmente, após a janta, eles vão vão para o sofá novamente e Rafa finalmente consegui o controle para assistir o que desejar, então ele coloca num jogo de futebol, todos aceitam e assistem com ele. Acaba o primeiro tempo e muito irritado, por seu time estar perdendo, Rafa começa a reclamar e desliga a televisão. John, com um sorriso no rosto, diz:
- Cansou de ver o seu time perder...
- Talvez... Mas idai... Cansei de futebol! - responde Rafa.
- Agora vossa senhoria está brava... Porque não ficou bravo com os zagueiros que permitiram os 2 gols só no primeiro tempo... - fala Max.
- Fica ai na sua que estou falando com John... - fala Rafa.
Ellen e John falam em coro:
- Oooooha...
- Qual é a sua, ignorante...? - fala Max se levantando.
- Igual a do jumento... Só que branca... - fala Rafa se levantando e encarando Max.
Os dois ficam de frente e Max fala:
- Quer resolver isso...
- Claro... - responde Rafa.
- Bom então venham a mesa - fala John se levantando.
- Como? - diz Rafa confuso.
- Vamos a mesa, tudo que for ter que ser resolvido aqui nessa casa, terá que ser numa partida de xadrez... Azar seu... - fala Max indo para a mesa.
- Mas assim eu fico em desvantagem! - exclama Rafa.
- A vida é uma constante desvantagem... - responde Max com um sozinho maquiavélico.
- Te odeio - fala Rafa se sentando.
- O problema é seu novamente... - fala Max começando a partida, movendo .
Rafa faz seu movimento bem básico, movendo o peão da torre uma casa.
A partida termina muito rápida, em apenas 5 minutos, Rafa fica cabisbaixo, John vai até ele, ponhe a mão em seu ombro e diz:
- Calma cara, você não tem culpa de ser tão ruim...
- É a vida... - fala Max se levantando - então como sempre, o perdedor tem que lavar a louça, boa lavada!
Rafa então vai lavar a louça sem reclamar. Ellen fica curiosa sobre o jogo e resolve perguntar à John:
- Mas como se joga esse jogo? Porque cada peça se move de forma diferente?
- Sinceramente não sei o porque, mas isso é uma regra essencial do jogo, mas creio que isso seja apenas um modo de dificultar o jogo e, o como se joga, o jogo é basicamente: Quem conseguir encurralar o rei do adversário ganha.
- Exatamente, mas isso requer muita habilidade, que se adquiri com prática no jogo - completa Max.
- Nossa que complicado... Mas qual é a história do xadrez? Tem que ser muito louco para se criar um jogo assim... - fala Ellen.
- Nem tanto, É bem simples a história - diz John indo ao sofá - Vamos no sofá que lhe conto.
Então Ellen e Max vão para o sofá. John toma a palavra e começa a história dizendo:

Bem, o xadrez possui uma origem controversa, mas é possível afirmar que o jogo foi inventado na Ásia. Atualmente, a versão amplamente difundida é a de que teria surgido na Índia com o nome de chaturanga e dali se espalhou para a China, Rússia, Pérsia Europa, onde se estabeleceram as regras atuais. Entretanto, pesquisas recentes indicam uma possível origem na China do século III a.C., na região entre o Uzbequistão e a Pérsia antiga (atual Irã). Um dos primeiros registros literários sobre o xadrez é o poema persa Karnamak-i-Artakhshatr-i-Papakan, escrito no século VI, e, a partir desta época, sua evolução é mais bem documentada e amplamente aceita no meio acadêmico. Após a conquista da Pérsia pelos árabes, estes assimilaram o jogo e o difundiram no ocidente, levando-o ao norte da África e Europa e até as atuais Espanha Itália por volta do século X, de onde se expandiu para o resto do continente chegando até a região da Escandinávia e Islândia. No oriente, o xadrez se expandiu a partir da sua versão chinesa, o Xiangqi, para a Coreia e Japão no século X.
Por volta do século XV o jogo estava amplamente difundido pela Europa e, dentre as variantes existentes do jogo, a europeia foi a que mais se destacou, devido à rapidez proporcionada pela inclusão da Dama e do Bispo. Apesar de já existir literatura anterior sobre o xadrez na época, foi neste período que começaram a surgir as primeiras análises de aberturas em virtude das novas possibilidades do jogo. As partidas começaram a ser registradas com maior frequência e mais estudos da teoria foram publicados. No século XVIII foram fundados os primeiros clubes para a prática do xadrez e federações esportivas na Europa, e em decorrência do grande número de pequenos torneios acontecendo por todo o continente, em 1851 foi realizado o primeiro torneio internacional em Londres. A popularidade das competições internacionais levou à criação do título de campeão mundial, vencido por Wilhelm Steinitz em 1886, e, em 1924, é fundada a Federação Internacional de Xadrez, em Paris, que organiza a primeira Olimpíada de Xadrez e o mundial feminino, vencido por Vera Menchik.
- Nossa que sensacional... - diz Ellen surpresa o conhecimento que o John possui sobre xadrez.
- Sim, mas nessas horas que venho he perguntar, o que adianta saber tudo isso e nunca me vencer numa partida? - diz Max.
- Verdade, mas o que adianta saber tanto das estrategias e macetes do tabuleiro, mas não saber como foi feito, para qual era a ideia primaria do jogo etc... - diz John retrucando Max.
- Verdade, ambos se completam - fala Ellen impedindo que haja uma discussão maior.
- Aceito essa premissa... - fala John.
- Claro, porque lhe convêm , você não possui argumentos, não adianta saber a história do jogo se isso não o fará bom nele...
- Essa é a sua opinião... - fala John.
- Justamente, mas você sabe que ela está correta - retruca Max.
- Rapazes calma, vamos assistir tv, essa discussão não nós levará a nada que não seja uma briga - diz Ellen.
- Ta certo... Tregua, pelo menos durante o momento que a visita estiver aqui... - fala John estendendo a mão para Max.
- Certo, mas vamos ao tabuleiro, estou com vontade de lhe mostrar minha tese e já garantir a louça lavada por vossa excelência... - diz Max apertando a mão de John.
- Aceito... - diz John indo para a mesa.
A partida dura por 30 minutos, bem acirrada , mas com o resultado ineviitavel, Max sai o vencedor e John vai para o seu quarto irritado. Rafa acaba a louça e diz:
- Vamos Ellen, estava ficando meio tarde, e acabei de terminar a louça, estou abismado como se usa tantas xícaras numa casa só...
- Segredo de família... Mas está realmente tarde para vocês pegarem 2 onibus para casa, durmam aqui, minha vó não irá se importar com isso e lá no meu quarto temos 2 beliches.
- Eita,, mas porque 2? - pergunta Rafa.
- Porque minha vó teve 4, desde sempre, ela nunca modificou nada nessa casa, menos os eletrodomésticos, que ela sempre tenta se atualizar ao máximo neles - responde Max.
- Nossa sua vó é mesmo uma pessoa muito diferenciada... - fala Ellen.
- Mal de família - fala Max fazendo todos rirem, inclusive ele mesmo.
Então eles ficam na sala até a hora de dormir, quando eles sobem e tira o sono dos justos, para terem que ir para a escola no dia seguinte, local onde os espera uma grande armadilha, mais especificamente para Max.
E continua o próximo capítulo ;-)

THE END

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